Monday, July 30, 2007

Melanciaaa!!!


Inédito, caríssimos!!!
Citando o Xixa: "Ao fim de quase 18 anos de vida, Catarina Távora descobre a essência da melancia!"
Pois é, descobri há coisa de 3 ou 4 dias que gosto melancia (acontecimento que já me valeu mais uma alcunha: "Watermelon"), e quando digo que gosto é porque gosto MESMO!
Aliás, gosto tanto de melancia que neste momento a dita e as maçãs verdes estão ex aequo!! - quem me conhece sabe como eu adoro maçãs verdonas!
Estava em Mação, jantando tranquilamente com a família no conforto do lar (LOL). Entre as frutas do costume (maçã, que há sempre porque é das poucas de que gosto, banana, pêssegos, laranja e kiwis - não me lembro se havia mais...) havia melancia para a sobremesa, acompanhada da conversa de sempre que passo agora a reproduzir:
Mãe: "Querida, queres uma banana ou uma laranja?"
Eu: "Oh mãe, nem sei para que é que ainda pergunta! Já sabem que não gosto!! Vou buscar uma maçã..."
Tia-avó que fala com os "inhos": "Então e um pesseguinho? Espera lá que eu vou à cozinha buscar um pratinho, descasco um pesseguinho ou um kiwizinho para ti..."
Eu: "Não é preciiiso, obrigada!"
Mãe: "Então e melancia?! Prova lá, Catarina! É tão bom! Esta aínda por cima é tão doce, anda cá provar!"
Eu: "Hmmm, não obrigada!" - respondi, enquanto voltava com uma maçã nas mãos, olhava com desdém para a melancia e pensava "Credo, tantas sementes...".
No entanto, o ar deliciado com que comiam a melancia era tal que senti assim uma pontiiinha de curiosidade. Como não queria "dar a parte fraca" (obviamente!), dirigi-me à cozinha, sempre deserta depois de começarem as fantásticas novelas da noite. Discretamente, cortei uma pontinha ínfima de melancia (a consistência parecia-me arrepiante!), e provei...
Resultado: gostei de tal maneira que neste momento, não há um dia que passe sem que eu coma pelo menos uma talhadona de melancia...
Incrível...!

(Atendendo à aversão que eu tenho a quase tudo quanto é fruta e tendo em conta que não é uma situação propriamente vulgar, pareceu-me bem registar o momento! )

"Escrita Automática"

Tem dias em que começo a escrever sobre nada.
Grande parte das vezes começo a escrever porque me apetece, mesmo sem ter grande assunto para dissertar - no entanto, não costumo publicar no blog este género de coisas. Acabo por apagar estes disparates que falam sobre nada.
No entanto, hoje vai ser diferente.
Aliás, hoje estou diferente (como eu dou graças por "não ser indiferente"!).
"E porquê?"- perguntais vós, caríssimos, se calhar não tão ansiosos por saber como devíeis!
A resposta é simples: Eu ando a filosofar!
"Pronto! É desta, pirou de vez! Qualquer dia dá-lhe o badagaio!"
Não, não, caros amigos! (sim, neste momento, tenho-vos como amigos, e não como simples leitores!) É verdade! E sabem que mais?! É BOM! É mesmo muito bom!
Comecei por ler uns livrinhos sobre filosofia, porque andava há um tempo "com vontade". Fiquei com alguma noção da História e recordei alguns nomes sonantes e respectivas teorias filosóficas (alguns dos quais, levemente abordados no secundário).
Mesmo isto que estou a fazer agora, aquilo a que uma data de artistas do início do século passado chamou de "escrita automática" está profundamente relacionado com uma corrente filosófica, o surrealismo. Ao que parece, os artistas sentavam-se em frente a uma folha ou a uma tela em branco e começavam a escrever ou a pintar, a criar, sem pensar no que estavam a fazer. Eles queriam que tudo fluísse, procuravam "deixar-se ir" - saltando umas explicações do sr. Darwin, o artista surrealista é como se fosse um medium do seu inconsciente (ou subconsciente - aínda não percebi muito bem, mas prometo pensar sobre o assunto).
Mas afinal, o que é a "criatividade"?
...
"Booom..."
...

Nestes dias cheguei à conclusão de o Darwin era muito esperto e que o Freud era genial! LOOL
Isto para não mencionar o meu querido Platão, por quem já nutria uma admiração imensa, o brilhante Sócrates (note-se que me refiro ao Sócrates da Antiguidade Clássica!!) e tantos, tantos outros.
Para quem nunca tentou aconselho começarem pela pergunta "Quem sou eu?".
Não se riam nem pensem "Bah! Ela tem a mania!".
A sério, fora de brincadeiras, olhem-se ao espelho e perguntem a vocês mesmos "Quem és tu?".
Juro que é brutal! Eu pelo menos achei uma experiência brutal. Quando foi comigo, passou-me pela cabeça que o meu reflexo me respondesse qualquer coisa.
Sabem o que fiz? Disse: "Eu sou tu!" E depois tive a olhar para mim, a pensar em quem e no que eu sou.
O caricato da situação? Em conversa sobre isto com uma amiga, ela disse "Tás a gozar?! Há um romance que começa assim!! Chama-se "O Mundo de Sofia!".
Resultado: Fui à biblioteca, requisitei o livro e li-o de fio a pavio. Por acaso até gostei muito. E em termos de filósofos acho que (na minha infinita sabedoria LOL) estão bastante bem focados os aspectos principais dos pensamentos de cada um e as ideias que os destinguem dos demais filósofos - além de que dá bastante que pensar...

Bom, mesmo que não gostem de ler ou não tenham paciência para ler o livro (há que admitir todas as possibilidades! Já estou a aprender!) é fácil e é bom fazer este género de exercícios. É simples, é só tirar nem que sejam uns minutinhos para pensarmos sobre as coisas mais banais da vida. (Note-se que não estou a falar da eterna questão "Ahhh... e será que Deus existe?". Por exemplo, houve uma questão posta no início deste último livro que achei o máximo: "Porque é que as peças do Lego são o brinquedo mais genial do mundo?")
Porquê?
...
Tentem ler, tentem descobrir!
Pensem!
Vale MESMO a pena!

P.S- Para quem começou a escrever sobre nada acho que, modéstia à parte, foi a primeira vez em que não me saí assim tão mal...!

O Captain, My Captain!

Estive a ver um dos meus filmes preferidos: "The Dead Poets Society" (sim, OUTRA VEZ! E sim, é mais forte do que eu!)
Não me vou pôr aqui a tentar explicar o que o filme significa para mim por duas razões. Primeiro, porque nunca mais iria terminar e segundo porque não acredito que fosse conseguir ilustrar verbalmente ou fazer uma tradução daquilo que o bendito filme representa e me faz sentir - até porque apesar de já estar marreca de saber como vai acabar, reajo e sinto sempre coisas diferentes (embora dentro do mesmo estilo! - calma, eu aínda jogo com o baralho todo) de cada vez que o vejo!
Também não vou tentar fazer uma análise ou comentário ou filme por uma razão muito simples: "Palavras para quê...?"
Assim, vou limitar-me a deixar alguns excertos (os que, por qualquer razão, gosto mais) presentes neste filme.
Que vos façam "pensar" tanto quanto me fazem a mim.


"O Me! O Life!" - Walt Whitman

O Me! O life! of the questions of these recurring,
Of the endless trains of the faithless, of cities fill'd with the foolish,
Of myself forever reproaching myself, (for who more foolish than I, and who more faithless?)
Of eyes that vainly crave the light, of the objects mean, of the struggle ever renew'd,
Of the poor results of all, of the plodding and sordid crowds I see around me,
Of the empty and useless years of the rest, with the rest me intertwined,
The question, O me! so sad, recurring-What good amid these, O me, O life?
Answer:

That you are here-that life exists and identity,
That the powerful play goes on, and you may contribute a verse.


Excerpt from "Walden" - Henry David Thoreau

I went to the woods because I wished to live deliberately, to front only the essential facts of life, and see if I could not learn what it had to teach, and not, when I came to die, discover that I had not lived. I did not wish to live what was not life, living is so dear, nor did I wish to practice resignation, unless it was quite necessary. I wanted to live deep and suck all the marrow of life, to live so sturdily and Spartan-like as to put to rout all that was not life, to cut a broad swath and shave close, to drive life into a corner, and reduce it to its lowest terms, and if it proved to be mean, why then to get the whole and genuine meanness of it, and publish its meanness to the world; or if it were sublime, to know it by experience, and be able to give a true account of it in my next excursion. For most men, it appears to me, are in a strange uncertainty about it, whether it is of the devil or of God, and have somewhat hastily concluded that it is the chief end of man here to "glorify God and enjoy him forever."


"The Road Not Taken" - Robert Frost

Two roads diverged in a yellow wood,
And sorry I could not travel both
And be one traveller, long I stood
And looked down one as far as I could
To where it bent in the undergrowth;

Then took the other, as just as fair;
And having perhaps the better claim,
Because it was grassy and wanted wear;
Though as for that the passing there
Had worn them really about the same,

And both that morning equally lay
In leaves no step had trodden black.
Oh, I kept the first for another day!
Yet knowing how way leads on to way,
I doubted if I should ever come back.

I shall be telling this with a sigh
Somewhere ages and ages hence:
Two roads diverged in a wood,
And I-I took the one less travelled by,
And that has made all the difference.

Thursday, July 12, 2007

Agora sim: FÉRIAS!!!

Hoje tive o meu último exame (salvo seja)!!
FINALMENTE!!!
Bolas, é difícil estar duas semanas a estudar em casa quando os nossos amigos passam a vida a laurear a pevide!! Claro que, ou não fossem eles meus amigos, se fartaram de telefonar a saber se eu queria combinar um programinha "tipo um almocinho" ou "um cineminha" ou "umas idas à praia" - obvia e invariavelmente a minha resposta era "Ahhhh... nnnnão vai dar!" e eles, tãããooo queridos, pediam muita desculpa "ahhh pois é, COITADA!!" (ênfatizando bastante esta última palavra) "Já não me lembrava... bem, fica para a próxima..."
A verdade é que (não é para me gabar, maaaaas) o exame correu muito bem! - pelo menos bastante melhor do que eu esperava!! Claro está que agora não me posso acomodar e tenho de defender esta nota "com unhas e dentes" (é mais com as mãos e com os respectivos dedos, mas okay) durante o próximo ano!

Amanhã vou tratar da minha candidatura para o Ensino Superior.
Pois é, eu sei que sou uma vergonha por ter deixado a candidatura para o último dia, mas eu tinha esperanças que qualquer coisa neste país funcionasse e que fosse possível fazer a tão badalada candidatura online. Parece que "não se encontra disponível". É uma pena, de facto. (Juro que acreditava MESMO que a coisa até podia funcionar! Santa ingenuidade..!)
É mesmo uma pena porque já falei sobre as candidaturas ditas "normais" com uns colegas e parece que um deles ficou 5 horas na fila e uma delas ficou 7! Tendo em conta que amanhã é o limite das candidaturas (que é como quem diz, o povo vai acorrer em massa como se não houvesse amanhã - até porque para as candidaturas, não vai mesmo haver amanhã!) o meu dia parece-me bastante promissor! Sem dúvida, uma data de horas de alegria e convívio, muito bem passadas...!
(Deus vos livre e guarde de dias como o que eu vou passar amanhã...!)
Se aínda conseguir pensar - sim, porque acho que amanhã vou queimar/derreter (aínda não sei bem!), a mioleira!! - escrevo a relatar aquela que vai ser, seguramente, uma experiência inesquecível!

Música que Estou a Ouvir: "You Can't hurry Love" - Phil Collins (desta também já tinha umas saudaaades!)
Estado de Espírito: Feliz!!! Como já não estava há muito tempo!