"Agora cante lá isso bem! É que estava com uma afinação duvidosa, para não dizer completamente desafinado!"
"-O intervalo de sétima diminuta é enarmónico de quê, Sónia?"
"-HUN?!?!"
"-Vá lá, vejam lá bem, façam um esforço por ouvir a cor do acorde!"
"- Ó professor, eu agora estou um bocadinho daltónico...!"
Monday, October 29, 2007
Saturday, October 27, 2007
Só tu para me fazeres rir agora...
Desculpa, Pedro, mas tenho de deixar aqui o fim da nossa conversa no mensageiro (XD)... é que tiveste particularmente bem!
Sabes, tens sido um amigo maior e melhor do que eu alguma vez poderia pedir!
Já te agradeci por tudo isto pessoalmente, mas assim, "em público", nós sabemos que é outra coisa...!
Muito obrigada, PeDROCA! Não sei se alguma vez vou ser capaz de retribuir...!
Catarina says:
à noite vou fazer tricot para casa da minha avó
Catarina says:
beijinhos*
MoutA + TNC no moderno , dia 9 de novembro says:
aahahah
MoutA + TNC no moderno , dia 9 de novembro says:
olha q as vezes falar com as avos eh optimo!
MoutA + TNC no moderno , dia 9 de novembro says:
entao va bjs!!
Catarina says:
achas?! n vou falar sobre ISTO com a minha avó!!
MoutA + TNC no moderno , dia 9 de novembro says:
ahahhaa filosofar com as avos!! entre tricot, telenovelas e o preco certo em euros, falamos de tudo ahahah
Sabes, tens sido um amigo maior e melhor do que eu alguma vez poderia pedir!
Já te agradeci por tudo isto pessoalmente, mas assim, "em público", nós sabemos que é outra coisa...!
Muito obrigada, PeDROCA! Não sei se alguma vez vou ser capaz de retribuir...!
Catarina says:
à noite vou fazer tricot para casa da minha avó
Catarina says:
beijinhos*
MoutA + TNC no moderno , dia 9 de novembro says:
aahahah
MoutA + TNC no moderno , dia 9 de novembro says:
olha q as vezes falar com as avos eh optimo!
MoutA + TNC no moderno , dia 9 de novembro says:
entao va bjs!!
Catarina says:
achas?! n vou falar sobre ISTO com a minha avó!!
MoutA + TNC no moderno , dia 9 de novembro says:
ahahhaa filosofar com as avos!! entre tricot, telenovelas e o preco certo em euros, falamos de tudo ahahah
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Menino Jesus
VIII - Num Meio-Dia de Fim de Primavera
"Num meio-dia de fim de primavera
Tive um sonho como uma fotografia.
Vi Jesus Cristo descer à terra.
Veio pela encosta de um monte
Tornado outra vez menino,
A correr e a rolar-se pela erva
E a arrancar flores para as deitar fora
E a rir de modo a ouvir-se de longe.
Tinha fugido do céu.
Era nosso demais para fingir
De segunda pessoa da Trindade.
No céu era tudo falso, tudo em desacordo
Com flores e árvores e pedras.
No céu tinha que estar sempre sério
E de vez em quando de se tornar outra vez homem
E subir para a cruz, e estar sempre a morrer
Com uma coroa toda à roda de espinhos
E os pés espetados por um prego com cabeça,
E até com um trapo à roda da cintura
Como os pretos nas ilustrações.
Nem sequer o deixavam ter pai e mãe
Como as outras crianças.
O seu pai era duas pessoas
Um velho chamado José, que era carpinteiro,
E que não era pai dele;
E o outro pai era uma pomba estúpida,
A única pomba feia do mundo
Porque não era do mundo nem era pomba.
E a sua mãe não tinha amado antes de o ter.
Não era mulher: era uma mala
Em que ele tinha vindo do céu.
E queriam que ele, que só nascera da mãe,
E nunca tivera pai para amar com respeito,
Pregasse a bondade e a justiça!
Um dia que Deus estava a dormir
E o Espírito Santo andava a voar,
Ele foi à caixa dos milagres e roubou três.
Com o primeiro fez que ninguém soubesse que ele tinha fugido.
Com o segundo criou-se eternamente humano e menino.
Com o terceiro criou um Cristo eternamente na cruz
E deixou-o pregado na cruz que há no céu
E serve de modelo às outras.
Depois fugiu para o sol
E desceu pelo primeiro raio que apanhou.
Hoje vive na minha aldeia comigo.
É uma criança bonita de riso e natural.
Limpa o nariz ao braço direito,
Chapinha nas poças de água,
Colhe as flores e gosta delas e esquece-as.
Atira pedras aos burros,
Rouba a fruta dos pomares
E foge a chorar e a gritar dos cães.
E, porque sabe que elas não gostam
E que toda a gente acha graça,
Corre atrás das raparigas pelas estradas
Que vão em ranchos pela estradas
com as bilhas às cabeças
E levanta-lhes as saias.
A mim ensinou-me tudo.
Ensinou-me a olhar para as cousas.
Aponta-me todas as cousas que há nas flores.
Mostra-me como as pedras são engraçadas
Quando a gente as tem na mão
E olha devagar para elas.
Diz-me muito mal de Deus.
Diz que ele é um velho estúpido e doente,
Sempre a escarrar no chão
E a dizer indecências.
A Virgem Maria leva as tardes da eternidade a fazer meia.
E o Espírito Santo coça-se com o bico
E empoleira-se nas cadeiras e suja-as.
Tudo no céu é estúpido como a Igreja Católica.
Diz-me que Deus não percebe nada
Das coisas que criou —
"Se é que ele as criou, do que duvido" —
"Ele diz, por exemplo, que os seres cantam a sua glória,
Mas os seres não cantam nada.
Se cantassem seriam cantores.
Os seres existem e mais nada,
E por isso se chamam seres."
E depois, cansados de dizer mal de Deus,
O Menino Jesus adormece nos meus braços
e eu levo-o ao colo para casa.
.............................................................................
Ele mora comigo na minha casa a meio do outeiro.
Ele é a Eterna Criança, o deus que faltava.
Ele é o humano que é natural,
Ele é o divino que sorri e que brinca.
E por isso é que eu sei com toda a certeza
Que ele é o Menino Jesus verdadeiro.
E a criança tão humana que é divina
É esta minha quotidiana vida de poeta,
E é porque ele anda sempre comigo que eu sou poeta sempre,
E que o meu mínimo olhar
Me enche de sensação,
E o mais pequeno som, seja do que for,
Parece falar comigo.
A Criança Nova que habita onde vivo
Dá-me uma mão a mim
E a outra a tudo que existe
E assim vamos os três pelo caminho que houver,
Saltando e cantando e rindo
E gozando o nosso segredo comum
Que é o de saber por toda a parte
Que não há mistério no mundo
E que tudo vale a pena.
A Criança Eterna acompanha-me sempre.
A direção do meu olhar é o seu dedo apontando.
O meu ouvido atento alegremente a todos os sons
São as cócegas que ele me faz, brincando, nas orelhas.
Damo-nos tão bem um com o outro
Na companhia de tudo
Que nunca pensamos um no outro,
Mas vivemos juntos e dois
Com um acordo íntimo
Como a mão direita e a esquerda.
Ao anoitecer brincamos as cinco pedrinhas
No degrau da porta de casa,
Graves como convém a um deus e a um poeta,
E como se cada pedra
Fosse todo um universo
E fosse por isso um grande perigo para ela
Deixá-la cair no chão.
Depois eu conto-lhe histórias das cousas só dos homens
E ele sorri, porque tudo é incrível.
Ri dos reis e dos que não são reis,
E tem pena de ouvir falar das guerras,
E dos comércios, e dos navios
Que ficam fumo no ar dos altos-mares.
Porque ele sabe que tudo isso falta àquela verdade
Que uma flor tem ao florescer
E que anda com a luz do sol
A variar os montes e os vales,
E a fazer doer nos olhos os muros caiados.
Depois ele adormece e eu deito-o.
Levo-o ao colo para dentro de casa
E deito-o, despindo-o lentamente
E como seguindo um ritual muito limpo
E todo materno até ele estar nu.
Ele dorme dentro da minha alma
E às vezes acorda de noite
E brinca com os meus sonhos.
Vira uns de pernas para o ar,
Põe uns em cima dos outros
E bate as palmas sozinho
Sorrindo para o meu sono.
......................................................................
Quando eu morrer, filhinho,
Seja eu a criança, o mais pequeno.
Pega-me tu ao colo
E leva-me para dentro da tua casa.
Despe o meu ser cansado e humano
E deita-me na tua cama.
E conta-me histórias, caso eu acorde,
Para eu tornar a adormecer.
E dá-me sonhos teus para eu brincar
Até que nasça qualquer dia
Que tu sabes qual é.
.....................................................................
Esta é a história do meu Menino Jesus.
Por que razão que se perceba
Não há de ser ela mais verdadeira
Que tudo quanto os filósofos pensam
E tudo quanto as religiões ensinam?"
(do brilhante Alberto Caeiro)
Obrigada meninos...
E obrigada, meu Deus...!
Graças a Vocês, estou de volta!
"Num meio-dia de fim de primavera
Tive um sonho como uma fotografia.
Vi Jesus Cristo descer à terra.
Veio pela encosta de um monte
Tornado outra vez menino,
A correr e a rolar-se pela erva
E a arrancar flores para as deitar fora
E a rir de modo a ouvir-se de longe.
Tinha fugido do céu.
Era nosso demais para fingir
De segunda pessoa da Trindade.
No céu era tudo falso, tudo em desacordo
Com flores e árvores e pedras.
No céu tinha que estar sempre sério
E de vez em quando de se tornar outra vez homem
E subir para a cruz, e estar sempre a morrer
Com uma coroa toda à roda de espinhos
E os pés espetados por um prego com cabeça,
E até com um trapo à roda da cintura
Como os pretos nas ilustrações.
Nem sequer o deixavam ter pai e mãe
Como as outras crianças.
O seu pai era duas pessoas
Um velho chamado José, que era carpinteiro,
E que não era pai dele;
E o outro pai era uma pomba estúpida,
A única pomba feia do mundo
Porque não era do mundo nem era pomba.
E a sua mãe não tinha amado antes de o ter.
Não era mulher: era uma mala
Em que ele tinha vindo do céu.
E queriam que ele, que só nascera da mãe,
E nunca tivera pai para amar com respeito,
Pregasse a bondade e a justiça!
Um dia que Deus estava a dormir
E o Espírito Santo andava a voar,
Ele foi à caixa dos milagres e roubou três.
Com o primeiro fez que ninguém soubesse que ele tinha fugido.
Com o segundo criou-se eternamente humano e menino.
Com o terceiro criou um Cristo eternamente na cruz
E deixou-o pregado na cruz que há no céu
E serve de modelo às outras.
Depois fugiu para o sol
E desceu pelo primeiro raio que apanhou.
Hoje vive na minha aldeia comigo.
É uma criança bonita de riso e natural.
Limpa o nariz ao braço direito,
Chapinha nas poças de água,
Colhe as flores e gosta delas e esquece-as.
Atira pedras aos burros,
Rouba a fruta dos pomares
E foge a chorar e a gritar dos cães.
E, porque sabe que elas não gostam
E que toda a gente acha graça,
Corre atrás das raparigas pelas estradas
Que vão em ranchos pela estradas
com as bilhas às cabeças
E levanta-lhes as saias.
A mim ensinou-me tudo.
Ensinou-me a olhar para as cousas.
Aponta-me todas as cousas que há nas flores.
Mostra-me como as pedras são engraçadas
Quando a gente as tem na mão
E olha devagar para elas.
Diz-me muito mal de Deus.
Diz que ele é um velho estúpido e doente,
Sempre a escarrar no chão
E a dizer indecências.
A Virgem Maria leva as tardes da eternidade a fazer meia.
E o Espírito Santo coça-se com o bico
E empoleira-se nas cadeiras e suja-as.
Tudo no céu é estúpido como a Igreja Católica.
Diz-me que Deus não percebe nada
Das coisas que criou —
"Se é que ele as criou, do que duvido" —
"Ele diz, por exemplo, que os seres cantam a sua glória,
Mas os seres não cantam nada.
Se cantassem seriam cantores.
Os seres existem e mais nada,
E por isso se chamam seres."
E depois, cansados de dizer mal de Deus,
O Menino Jesus adormece nos meus braços
e eu levo-o ao colo para casa.
.............................................................................
Ele mora comigo na minha casa a meio do outeiro.
Ele é a Eterna Criança, o deus que faltava.
Ele é o humano que é natural,
Ele é o divino que sorri e que brinca.
E por isso é que eu sei com toda a certeza
Que ele é o Menino Jesus verdadeiro.
E a criança tão humana que é divina
É esta minha quotidiana vida de poeta,
E é porque ele anda sempre comigo que eu sou poeta sempre,
E que o meu mínimo olhar
Me enche de sensação,
E o mais pequeno som, seja do que for,
Parece falar comigo.
A Criança Nova que habita onde vivo
Dá-me uma mão a mim
E a outra a tudo que existe
E assim vamos os três pelo caminho que houver,
Saltando e cantando e rindo
E gozando o nosso segredo comum
Que é o de saber por toda a parte
Que não há mistério no mundo
E que tudo vale a pena.
A Criança Eterna acompanha-me sempre.
A direção do meu olhar é o seu dedo apontando.
O meu ouvido atento alegremente a todos os sons
São as cócegas que ele me faz, brincando, nas orelhas.
Damo-nos tão bem um com o outro
Na companhia de tudo
Que nunca pensamos um no outro,
Mas vivemos juntos e dois
Com um acordo íntimo
Como a mão direita e a esquerda.
Ao anoitecer brincamos as cinco pedrinhas
No degrau da porta de casa,
Graves como convém a um deus e a um poeta,
E como se cada pedra
Fosse todo um universo
E fosse por isso um grande perigo para ela
Deixá-la cair no chão.
Depois eu conto-lhe histórias das cousas só dos homens
E ele sorri, porque tudo é incrível.
Ri dos reis e dos que não são reis,
E tem pena de ouvir falar das guerras,
E dos comércios, e dos navios
Que ficam fumo no ar dos altos-mares.
Porque ele sabe que tudo isso falta àquela verdade
Que uma flor tem ao florescer
E que anda com a luz do sol
A variar os montes e os vales,
E a fazer doer nos olhos os muros caiados.
Depois ele adormece e eu deito-o.
Levo-o ao colo para dentro de casa
E deito-o, despindo-o lentamente
E como seguindo um ritual muito limpo
E todo materno até ele estar nu.
Ele dorme dentro da minha alma
E às vezes acorda de noite
E brinca com os meus sonhos.
Vira uns de pernas para o ar,
Põe uns em cima dos outros
E bate as palmas sozinho
Sorrindo para o meu sono.
......................................................................
Quando eu morrer, filhinho,
Seja eu a criança, o mais pequeno.
Pega-me tu ao colo
E leva-me para dentro da tua casa.
Despe o meu ser cansado e humano
E deita-me na tua cama.
E conta-me histórias, caso eu acorde,
Para eu tornar a adormecer.
E dá-me sonhos teus para eu brincar
Até que nasça qualquer dia
Que tu sabes qual é.
.....................................................................
Esta é a história do meu Menino Jesus.
Por que razão que se perceba
Não há de ser ela mais verdadeira
Que tudo quanto os filósofos pensam
E tudo quanto as religiões ensinam?"
(do brilhante Alberto Caeiro)
Obrigada meninos...
E obrigada, meu Deus...!
Graças a Vocês, estou de volta!
Monday, October 22, 2007
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Thursday, October 18, 2007
Eu confesso
A verdade é que a mera lembrança ou recordação daquela noite tem iluminado os meus dias...
...
É tão triste quando se vive disto... de recordações.
...
É tão triste quando se vive disto... de recordações.
Monday, October 08, 2007
Pequenas grandes coisas que me fazem feliz - IV
Sunday, October 07, 2007
Conversa entre "Amigos"
(...)
Nervosa e envergonhada ela diz-lhe:
-Não acredito que vim aqui e que agora estou a chorar! Eu não estava a pensar em chorar!! Recuso-me a chorar em frente à maior parte das pessoas, até para não dar a parte fraca..! Eu nunca choro, percebe?!
-Em relação ao teu sofrimento, receio não ter nenhuma resposta a dar-te...
Interrompendo as lágrimas, ela sorri e, calmamente, responde-lhe:
-Não se preocupe. Também não vim aqui à procura de respostas..!
Aí, ele sorri, visivelmente atrapalhado:
-Ah, pois, bem..!
Quero só que acredites que eu sei bem o que estás a sentir...
E também quero que saibas que às vezes é bom chorar..! Já percebi que és "a pedra" onde muitos se apoiam e "a rocha onde o mar vem bater"...
Sabes, às vezes é mesmo preciso chorar... Por isso, se precisares, chora.
Como penitência vou pedir-te uma coisa pouco normal. Um bocadinho estranha. Pode ser?
- Pode, claro.
- Quero que todos os dias, ou todas as noites, tires um bocadinho para reflectires sobre a tua vida. Passado, presente, até futuro, se te apetecer. Quero que penses no que aconteceu de bom, mas também não quero que esqueças o que aconteceu de mau...
-Claro que não. As coisas más ajudam-nos a crescer, não é? Pelo menos foi o que me disseram...
-Sim... Mas às vezes diz-se que "ainda bem que as coisas más aconteceram porque nos ajudaram a crescer! Assim já não são coisas más."
Não! As coisas não são assim! O que é mau é mau e mesmo que nos tenha ajudado a "evoluir", não deixa de ser mau por isso, percebes o que quero dizer?
-Sim.
-Óptimo! Então fazes-me este favor?
-Faço, claro.
-Só mais uma coisa..! Por favor, promete-me que, se não tiveres um sítio melhor para chorar, vens aqui chorar comigo!
Surpreendida, aliviada e feliz ela responde:
-Claro...! Obrigada. Muito, muito obrigada!
-Oh, não me agradeças. É para isso que cá estou.
Nervosa e envergonhada ela diz-lhe:
-Não acredito que vim aqui e que agora estou a chorar! Eu não estava a pensar em chorar!! Recuso-me a chorar em frente à maior parte das pessoas, até para não dar a parte fraca..! Eu nunca choro, percebe?!
-Em relação ao teu sofrimento, receio não ter nenhuma resposta a dar-te...
Interrompendo as lágrimas, ela sorri e, calmamente, responde-lhe:
-Não se preocupe. Também não vim aqui à procura de respostas..!
Aí, ele sorri, visivelmente atrapalhado:
-Ah, pois, bem..!
Quero só que acredites que eu sei bem o que estás a sentir...
E também quero que saibas que às vezes é bom chorar..! Já percebi que és "a pedra" onde muitos se apoiam e "a rocha onde o mar vem bater"...
Sabes, às vezes é mesmo preciso chorar... Por isso, se precisares, chora.
Como penitência vou pedir-te uma coisa pouco normal. Um bocadinho estranha. Pode ser?
- Pode, claro.
- Quero que todos os dias, ou todas as noites, tires um bocadinho para reflectires sobre a tua vida. Passado, presente, até futuro, se te apetecer. Quero que penses no que aconteceu de bom, mas também não quero que esqueças o que aconteceu de mau...
-Claro que não. As coisas más ajudam-nos a crescer, não é? Pelo menos foi o que me disseram...
-Sim... Mas às vezes diz-se que "ainda bem que as coisas más aconteceram porque nos ajudaram a crescer! Assim já não são coisas más."
Não! As coisas não são assim! O que é mau é mau e mesmo que nos tenha ajudado a "evoluir", não deixa de ser mau por isso, percebes o que quero dizer?
-Sim.
-Óptimo! Então fazes-me este favor?
-Faço, claro.
-Só mais uma coisa..! Por favor, promete-me que, se não tiveres um sítio melhor para chorar, vens aqui chorar comigo!
Surpreendida, aliviada e feliz ela responde:
-Claro...! Obrigada. Muito, muito obrigada!
-Oh, não me agradeças. É para isso que cá estou.
Oração da Manhã
"Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo e que posso evitar que ela vá a falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma. É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.
É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um "não".
É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.
Pedras no caminho?
Guardo todas, um dia vou construir um castelo..."
Fernando Pessoa
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma. É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.
É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um "não".
É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.
Pedras no caminho?
Guardo todas, um dia vou construir um castelo..."
Fernando Pessoa
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