Isto de ter um blog é muito engraçado...
O poder relatar os acontecimentos do dia como bem nos apetece e depois aínda ter a oportunidade de ver esses relatos comentados (por quem quer que seja que tenha acesso ao blog...amigos, conhecidos, ou não).
Independentemente de se manter ou não um diário por escrito, o blog geralmente funciona quase como um diário. Sim, digo "quase" porque não existe aquela privacidade que conseguimos com os diários ditos "confidenciais".
Eu, por exemplo, sempre mantive um diário até por volta do mês Maio de este ano. Claro que continuo a gostar de escrever, às vezes quando tenho um bocadinho sabe sempre bem "descarregar" tudo no papel! - É óptimo falar com os amigos ( estão a ler um texto escrito por uma das pessoas pertencentes ao top10 mundial de quem tem a maior necessidade de falar com os amigos sobre o que quer que seja!), mas digo desde já que também é óptimo despejar tudo no papel! Passar tudo para o papel, quer sejam lágrimas e uma tristeza enorme, gargalhadas e uma alegria contagiante, ou mesmo nervoso miudinho e uma raiva atroz! Acreditem que sabe sempre muito bem!
Voltando ao meu exemplo, estava eu a dizer que deixei de escrever por volta do mês de Maio. Comecei a ficar com falta de tempo... exames, escola, concertos, conservatório, testes, provas, enfim, tudo aquilo a que temos direito!
Mesmo assim, mantive o blog. Foi sempre "aquele" alívio poder escrever aqui, mesmo que não estivesse a dizer nada de especial... A única coisa que eu notava aqui era o facto de isto não ser confidencial. Imaginemos que eu queria dizer confessar qualquer coisa que não queria que se soubesse... nestas alturas é que o papelinho faz falta...!
O problema do blog é mesmo este. O facto de ter de estar (quase) constantemente - sim, porque não é sempre, às vezes queremos mesmo que percebam o que parece que não queremos dizer (WOOOW! um bocadinho confuso...!) - a medir as palavras e a pensar bem no que vou escrever! "será que vai ser mal interpretado? será o sentido desta expressão demasiado ambiguo? será que posso dizer isto? se calhar é melhor não..." enfim...
Quem diria que as metáforas, os eufemismos, as hipérboles, sinestesias, as expressões ambiguas que aprendi com os meus professores de português, nomeadamente António Cortez e Teresa Nazareth - que, por sinal, vai ser novamente minha professora! Credo... (LOOL) - me iam fazer este geitaço?!
Bem, tudo isto para não concluir rigorosamente nada porque afinal de contas eu (e toda a gente) já sabia(mos) que aqui há coisas que simplesmente não dá para serem ditas, (nem mesmo sobre a forma de imagem ou metáfora), porque corremos o sério risco de que nos descubram a careca, o que seria uma chatice! - acreditem, é muito chato! Experiência própria... A menos que queiram que se descubra algo que não têm a coragem e a frontalidade de dizer ou admitir...
Para qualquer dos efeitos se seguirem o meu conselho, como diria o Hugo (e passo a citar:) "não há medos!", corre tudo pelo melhor! Mantenham um diário! Vale mesmo a pena além de que é muito giro ver o que escrevemos há não sei quantos anos atrás! - no outro dia encontrei o meu diário do 9º ano e chorei a rir ao ler certas coisas (certas descrições de certas pessoas...!)! Chorei a rir no sentido literal da coisa!
E, claro, continuem com os blogs, porque é sempre óptimo ter qualquer coisinha (histórias, comentários, relatos ou o que for) escritos pelos nossos amigos (ou não) para ler!
Mas o que é que eu tou para aqui a dizer?! Hoje não meto uma para a caixa!
Estimado leitor, as minhas mais sinceras desculpas pela mediocridade deste post, mas não sei mesmo o que é que me está a dar...
Que nojo de post... nem reli...
Wednesday, September 06, 2006
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