Ontem, entre dois copos de sangria (horrorosa), prometi dedicar um post à narração da nossa inenarrável noite nas festas lisboetas...
De facto, a tarefa é bastante mais complicada do que parece, pelo que me vou apenas limitar a apontar uma série de momentos/situações mais relevantes (sem qualquer demérito dos que ficarem por referir - meninos: corrijam-me e acrescentem coisas que, eventualmente, faltem):
- Largo das Pichas Murchas - onde bebemos a primeira (e pavorosa) sangria da noite. O PH adorou o nome do largo e fez questão de que todos soubessemos onde estavamos, permanecendo por cerca de um minuto e meio a repetir "Pichas Murchas" - escusado será dizer que foi o tema central das piadinhas da noite, tais como "nunca mais como nada nas pichas murchas", "tu é mais jaquinzinhos" e "picha flat" (é muito surf!)
- Duplo mortal encarpado à retaguarda com saída a pés juntos - muita ginástica, o principal requisito para urinar na via pública
- "Água e cerveja fresca fresquinha" - um dos muitos pregões que se faziam ouvir
- "Catarina, o manjerico com pernas" - mas foi da maneira que não nos perdemos!
- A sardinha que a Teresa foi comprar ao restaurante indiano - é verdade, com tantos tugas a assarem sardinhas no meio da rua, a Teresa foi comprar a dela propositadamente a um dos muitos restaurantes indianos pelos quais passamos
- Rua dos Regueiros - ou era Trevessa? Bem, para o caso é irrelevante. Rua onde conseguimos desencantar um mini-degrau para nos sentarmos. É tambem a rua onde a Teresa apanhou pulgas (que fez questão de passar a toda a gente) e onde, à meia-noite em ponto, colocámos a voz para cantar os parabéns à Whitney Houston, que hoje faz anos.
- "Tou com os pés-chatos de andar e ainda tenho que ir nadar, mas estou assada da bicicleta..." - Teresa encarna a personagem Vanessa Fernandes ao fim de uma data de horas a andar por Alfama
- "-Oh!! Mas esta rua é a subir!!" "-Pois... bem me parecia!" - já não me lembro se a constatação inicial foi feita por mim ou pelo Duarte, mas o reparo da Teresa (claro!) foi, sem dúvida, dos melhores da noite!
- "Não se preocupe, menina, que isto hoje já levou tudo com lixívia!" - a prestável dona de um café, a propósito das instalações sanitárias do seu estabelecimento
- Casa dos Bicos - outro dos spots marcantes da noite, que também deu aso a uma data de chalaças. ("Siga ao solar dos bicos?" "Siga. Fazer o quê?" "Epa, cenas...!" "Yaa... cenas muita maradas!")
- "Enfia a poeira no cu!!!" - sem querer ser brejeira, mas esta intervenção de um senhor que estava, vá, prestes a entrar em coma alcoólico em plena actuação de uma "Marineidji" qualquer que fazia covers da Ivete Sangalo foi genial
Enfim... e entre estas houve muitas mais situações que me momento não me ocorrem... (acrescentem, meninos!)
Despeço-me com a quadra do cravo (que, coitado, já está quase destruido) roubado de um manjerico e que a meio da noite foi parar à minha mala por artes mágicas, oferecido pelo meu admirador secreto (a.k.a. Teresa):
Hoje fui ao jardim
Cortar esta linda flor
Para oferecer à donzela
Que preze ser meu amor.
Obrigada, meninos! Adorei!
P.S- Hugo Bastos, estou muito chateada contigo e não te perdoo por teres quebrado a tradição milenar (ok, de há 3 anos) de nos encontrarmos na noite das famosas Marchas Populares (confesso que não vi, mas estou contente porque tenho um amigo que ontem marchou pelo Castelo!)!! Realmente, ligares-me às 4h30 da manhã a dizer que estás "num largo onde dançámos imenso no ano passado" como quem refere o sítio da forma mais explícita possível (não sei, na altura não te deve ter ocorrido dizer o nome do Largo - totó) e esperares que eu saiba perfeitamente do que estás a falar e me materialize lá ao fim de meia dúzia de minutos... Inacreditável, Sr. Esperteza, só mesmo tu...
5 comments:
Ontem também fiquei tipo Vanessa Fernandes! E não vi o Castelo LOL! Havemos de ver na televisão talvez (onde se vê bastante melhor, diga-se de passagem!)
A mesa do "restaurante" onde comemos tinha uma inclinação de cerca de 45º para a minha direita... A ginginha que bebi estava tão forte que mais parecia um "shot"...
Confere! Não falta nada!
Apenas referir as ginjinhas, a amiga do PH (que nem assim nos fez desconto, a malandra...) e a conversa com o futuro grande engenheiro de barragens... Mas, comparando com o resto, não é importante!
Nota 20, pois claro!, para a constatação de incrível teor geográfico e referencial por parte da Teresa! Demostra sem dúvida níveis acima da média no que toca ao conhecimento de todos os padrõres de inclinação da via pública...!
Para o ano há mais!
Beijinho!
Olá Catarina,
Eu era um dos que estavam na Banca do Jardim das Pichas Murchas e tenho que te dizer que a sangria não era assim tão má. À que cumprir com as normas europeias,por isso apesar de ser a primeira vez que vendemos nos santos populares (nunca nenhum de nós os quatro, alguma vez tinhamos tirado uma imperial) servimos a sangria embalada, talvez pouco saborosa, mas com os requisitos exigidos.Talvez as outras que ali se vendiam fossem mais saborosas, mas cortar fruta e juntar os restantes ingredientes em recipientes sem o minimo de garantia de higenização, podendo por em causa a saude publica... reparaste nos mosquitos que estavam no ar naquela zona aliado a tudo o que circulava pelo ar, excepto os estabelecimentos nenhuma banca tinha os requisitos minimos para confecionar sangria. Para o ano esparamos repetir a venda, estás desde já convidada a tomar outra sangria (pavorosa) como a deste ano.
Até lá
PC
Ola a todos, so tenho a dizer que essa amiga do PH é uma coco, que nao tinha caracois no seu estabelecimento, é uma grande falha.
E ja agora respondo tambem ao anonimo- se nao tinha condiçoes para vender sangria nao vendiam, seja ela boa ou ma. Se queriam vender uma coisa ma, so mostra que estavam interessados no dinheiro.
Epa estes santos foram muito engraçados!
Um grande beijinho para todas as pichas murchas do nosso pais!!!
LOL
e mais não digo . . .
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